quarta-feira, 24 de julho de 2019

Museu do Seringal e Praia da Lua - Manaus

O ciclo da borracha foi um período da economia brasileira em que a extração de látex e a produção de borracha foram as bases da economia brasileira. Cidades como Manaus, Porto Velho e Belém tornaram-se mais desenvolvidas devido ao dinheiro vindo da extração de látex das seringueiras. Neste período conhecido como “Belle Époque Amazônica” que vai de 1890 a 1920 Manaus era chamada de " a Paris dos trópicos", pois graças à exploração da borracha ( e dos trabalhadores brasileiros) agora Manaus tinha grana para ficar mais parecida com a Europa.

Em 2002 foi lançado um filme chamado "A selva", cujo cenário é uma réplica de um seringal que existiu no município de Humaitá (a 450 quilômetros de Manaus). Após o término das filmagens o cenário foi doado para a Secretaria de cultura, que o transformou no Museu do Seringal Vila Paraíso.

Para chegar ao museu do seringal precisa pegar um ônibus até a Marina do Davi ( sentido praia da Ponta Negra). O ônibus não para exatamente na Marina, tem que andar um pouquinho.  Na Marina você pega um barco que faz várias paradas e uma delas é o museu. O barco custa R$7,00 cada trecho. Na Marina do Davi pode-se também pegar barco para outras praias e fazer outros passeios.













Durante o trajeto até o museu pode-se ver vários açougues flutuantes, oficinas, igrejas, casas, iates, etc. O rio é usado como meio de transporte, moradia e lazer. Muita gente tem essas casas no rio e vem passar férias. O trajeto demora cerca de 30 minutos, pois o barco faz várias paradas.


A entrada museu custa R$10,00 e tem visita guiada que com explicações dos itens utilizados no seringal, vida na casa na época, extração de látex e demonstração de fabricação da borracha. Todo o cenário é muito bem preservado, a casa é muito fotogênica e tem uma vista linda do rio.







Imagina carregar essas malonas sem rodinhas kkk


Depois de conhecer a casa fomos para a extração do látex. A nossa guia cortou a seringueira e pudemos ver o látex saindo na hora. Se passar na mão ele seca e fica aquele pele igual a uma cola mesmo. A borracha era pesada e vendida nessa bolotas grandes, chamadas de "pelas". Eu ainda não fazia ideia de como aquele líquido branco virada aquela bola preta. Pois bem, aprendemos agora:



O processo era feito no tapiri de defumação, onde o seringueiro coagulava o leite da seringueira. O processo demorava várias horas para formar essa "pela" grandona. A bola ficava em cima desse forninho e era constantemente molhada com o leite da seringueira para aumentar de tamanho.

 

No final visitamos outros cenários do filme, que também faziam parte do cotidiano do seringal. A igreja, onde um padre falso vinha fazer uma missa e ouvir confissões dos seringueiros, e que acabavam sendo contadas ao dono do seringal. Atualmente é feita uma missa uma vez ao ano, no dia de um santo do qual eu não lembro o nome... 

 
 

A visita durou pouco cerca de 45 minutos, nossa guia ( não lembro o nome...) entendia muito bem do assunto. Para pegar o barco de volta é no mesmo "pier" que desembarcamos. Mas...tem que espera um passar por lá, não tem horário bem certo. Eram cerca de 10:30 quando passou um barco. Aproveitei para parar na praia da lua, almoçar e tomar um banho de rio para me refrescar do calor, pois parecia que eu estava num forninho a céu aberto. 







 

Como fui em julho (época das cheias), a faixa de areia estava bem pequena. Eu li na internet que o restaurante aceitava cartão, mas no dia esqueceram de levar a máquina. O peixe mais barato custava R$25,00. Mas se eu pagasse o peixe não ia ter dinheiro pra voltar de barco ahahha. Catarinense fica presa na praia da lua porque esqueceu de sacar dinheiro. Então o dono muito bondoso me deu um desconto de R$5,00 no pacú para eu poder voltar pra casa. O peixe veio com acompanhamento de arroz ( requentado no microondas) e vinagrete que não comi. Tirando que viraram o saleiro no peixe, estava muito bom.

 

Depois de almoçar o meu peixe super salgado com arroz requentado e desconto, fui aproveitar a praia da lua. E bota aproveitar nisso, pois o próximo barco demorou mais de 2 horas para passar! Na verdade passaram vários barcos, mas nenhum parou no "pier" de lá. A água estava quentinha e as ondas estavam calmas, mas perto das 14:00 começou um vento muito forte que formava ondas maiores, ficando até difícil permanecer na água. 

Na volta o trajeto é o mesmo, o barco vai da Praia da Lua até a Marina do Davi e depois pega ônibus. Como eu gastei a minha grana no peixe eu tinha R$1,00 na carteira e não dava pra pagar o ônibus ahahaha. E não tem caixa eletrônico lá perto. Peguei um uber da Marina do Davi até um posto de gasolina que tinha caixa eletrônico para sacar e poder pagar o bus. 

Na volta dá para fazer um parada na Praia da Ponta Negra, que não tem anda demais, é um praia artificial, água imprópria para banho e mais parece um Piscinão de Ramos. O bairro é bonito, tem calçadão para andar de bike, skate, patins, vários quiosques legais. Mais a praia em si deixa a desejar, se for não espere dar um mergulho. Deixe o banho para a Praia da Lua. 

Este é um passeio que eu recomendo muito, não imaginei que ia ser tão legal, passeio de barco, aula de história do Brasil com pesquisa de campo e banho de rio! E sem contar que da pra fazer por conta ( e ir sozinha!) e sai baratinho. 

Funcionamento

De terça a domingo, das 9h às 16h, sendo a última visita com início às 15h.

Gastos:

R$3,80 - ônibus para a Marina do Davi.
R$7,00 - barco para o Museu do Seringal
R$10,00 - ingresso do museu.
R$7,00 - barco para a Praia da Lua.
R$20,00 - pacú assado ( com desconto rsrs).
R$6,00 - barco para a Marina do Davi.
R$3,80 - ônibus para o centro.
TOTAL: 57,60.


* desculpem essa coisa louca na formatação, não consegui arrumar desta vez...


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