domingo, 24 de julho de 2022

Cataratas dos Couros - Chapada dos Veadeiros

 As Cataratas dos Couros são um complexo de cachoeiras localizado a 52 km de Alto Paraíso de Goiás. Entre elas estão a Cachoeira da Muralha, Cachoeira de São Vicente, Cachoeira do Parafuso, Cachoeira do Bujão, e também prainhas formadas pelo rio e mirantes. As cataratas são formadas pelo Rio dos Couros, que recebeu este nome por ser o local onde eram lavadas as peles dos veados caçados antigamente na região.

Eu viajei em julho na época seca, e consequentemente o volume de água das quedas não estava tão grande, mas nada que tirasse a beleza do lugar. A parte boa é que a chance de chuva é bem pequena, todos os dias foram ensolarados e pude aproveitar o banho nas cachoeiras.

Antes do início da trilha tem um estacionamento com barraquinhas que vendem sucos feitos de frutas do cerrado. Você também pode encomendar o seu almoço para o final da trilha. O guia estacionou o carro ali, compramos um suco e partimos para a trilha. Após 1,5 km de trilha chegamos na Cachoeira da Muralha, que visitamos somente no final do dia. 

Continuamos a trilha rumo à Cachoeira do Parafuso, passando por algumas prainhas de rio, poços e mirantes. A trilha é de nível moderado, com muitas subidas e descidas em degraus de pedra. Achei curioso que me meio à vegetação seca e árida do cerrado há diversas espécies de flores  que se destacam coloridas e graciosas.



Paramos na Cachoeira do Vicente (também conhecida como Almécegas 1000) e num penhasco do qual não lembro o nome, ambos para contemplação devido ao difícil acesso. Só me lembro que já estava cansada da trilha e só queria me jogar na cachoeira do Parafuso. O penhasco ( muito bonito por sinal me senti no filme Jurassic Park) era o fim da trilha, então retornamos para fazer as paradas para banho.

Finalmente chegamos na Cachoeira do Parafuso para um merecido descanso, mas não antes de descer por íngremes degraus de pedra e encontrá-la abarrotada de turistas. Depois de uma meia hora o pessoal começou a ir embora e ficamos só o guia e as quatro pessoas do grupo.



A Cachoeira do Parafuso recebeu este nome devido ao redemoinho que se forma debaixo da sua queda, que já foi causa de morte de alguns turistas. Achei estranho não haver alguma corda, placa ou sinalização, o guia ,ó avisava que não  era seguro nadar até a queda por causa do redemoinho e da correnteza. 
As pedras são bem escorregadias e a correnteza um pouco forte, então todo cuidado é pouco pois um resgate ali pode demorar bastante. No canto direito da primeira foto perto das pedras há uma correnteza que forma um mini tobogã onde as pessoas escorregam, é divertido escorregar e engolir uns litros de água. Só requer mais atenção porque a parte é funda.

Depois de um tempo os turistas começaram a ir embora e ficamos com a cachoeira só para a gente, foi o local onde passamos mais tempo. Seguimos escalando as pedras para parar nos demais poços e prainhas. 






Você pode chegar até a queda, sentar nas pedras e fica no maior clima de  " com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeiraaa". Depois de um dia de trilhas com subidas e descidas no sol o banho torna-se ainda mais revigorante. 
A pequena cachoeira no canto com uma queda fininha e a piscina cor de âmbar não queriam me deixar ir embora. Mas o sol já estava se pondo e precisávamos almoçar. Sim, almoçar às 17:00. Quando havia almoço no passeio este era o horário que era servido, pois como ficam longe das trilhas era deixado para o final. Durante o dia comíamos lanches e no final do dia vinha o cansaço, fome e vontade de comer " comida de verdade ". 



O almoço é pago à parte (R$45,00) e é muito bom, comida caseira à vontade. Depois de bem alimentados seguimos para Alto Paraíso. O sol já estava se pondo, pintando de dourado a estrada de barro em meio à plantações e morros do cerrado. Paramos para contemplar o silêncio e ver o astro rei se esconder mais uma vez...


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