domingo, 16 de agosto de 2015

Viña del mar - Chile

A primeira coisa que todos falam que observam ao sair de Valparaiso e entrar em Viña é o contraste entre as duas cidades. Depois de viver alguns dias em torno de coloridas casas históricas e artistas, entro numa espécie de "Miami chilena" com mansões e casinos, me sentia uma mendiga andando na rua heheh. À primeira vista não gostei muito de Viña, me pareceu só uma cidade riquinha. Como cheguei às 15:00 deu tempo para ver alguma coisa ainda, mas a maioria não me impressionou, exceto o pôr do sol:

Um dos pontos mais conhecidos da cidade é o Castillo Wulff, uma casa em forma de castelo construída por um alemão no começo do século XX. A casa hoje é um museu de arte, não é lá aquelas coisas, mas a vista é bonita e consegui ver muitos pelicanos.




Praias de Reñaca e Con con

Seguindo o mapa era fácil entender a localização das praias, o problema era onde pegar o ônibus. Chegar a Con con foi fácil, o problema foi ir além. Ninguém sabe explicar nada e não tem noção das distâncias, então acabei pegando ônibus para ir a lugares onde poderia ter ido a pé. As praias são quase todas aptas para banho, mas com muitas pedras e algas. A paisagem é bonita, os coqueirinhos davam um ar de "Malibu", mas para quem já viu praias brasileiras não é muita novidade.








Como em Valparaíso aqui também tem cerros, mas poucos e não tão íngremes. Porém, em Viña eles estão em uma área rica da cidade ( deve ser porque fica de frente para o mar), ao contrário de Valparaíso, que quando começou a ser construída as terras que valiam mais eram as na área plana da cidade. Quem não tinha dinheiro ia se amontoando nos cerros.


Após Reñaca peguei dois ônibus para ir às dunas de Con con. Não tão simples assim, pois não entendi nada do que o motorista de ônibus me explicou e fui a algumas lojas para entender onde e qual ônibus tinha que pegar. Havia uma parada bem em frente às dunas, que são bem feinhas nessa parte. Precisei entupir o meu tênis de areia, torrar no sol do meio dia e me cansar muito para chegar ao topo e ter essa vista:

Então estendi o meu cachecol na areia ( estava frio quando saí de casa), sentei e fiquei afundando os meus pés na areia, enquanto o meu rosto torrava no sol e eu não percebia hahah.


A melhor foto que consegui com o timer kkkk.
Voltei ao centro de Viña por volta das 15:00, torrada e morta de fome. Na rua do hostel havia um restaurante italiano, Buona mezza. O lugar estava lotado e tive que esperar em pé por alguns minutos constrangedores até o garçom me deixar sentar em uma mesa vazia, pois ele teimava que estava reservada, mesmo os outros dizendo que não. O pessoal que estavam comendo lá tinha cara de quem saiu de uma festa, e eu descabelada, vermelha e com uma mochila nas costas esperando em pé, acho que pensaram que eu tinha ido lá pedir alguma coisa ahahah. 

Lembro de passar por Viña para ir a Valparaíso e ver muitos pelicanos na praia, provavelmente mais de cinquenta. Me disseram que o nome do lugar era Caleta Portales, fica entre as duas cidades, e fui até lá para ver se avistava alguns pelicanos mais de perto. Peguei o ônibus e chegando lá vi que já tinha ido a esse lugar, só não sabia que se chamava Caleta Portales. E nada de pelicanos. Resolvi tentar cantar algumas conchinhas de lembrança, tarefa árdua pois só havia tatuíras secas. Foi aí que eu avistei um casal de lobos marinhos na água. Estavam realmente perto da areia e me arrisquei a entrar um pouco na água e correr o risco de pegar alguma pereba e ter que usar o seguro saúde.
Não cheguei a ver os pelicanos, mas valeu a surpresa. Fiquei um bom tempo nesse lugar, já que era o último que eu veria antes de voltar pra Argentina.








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