O Brasil possui a segunda maior barreira de corais do mundo, ficando somente atrás da barreira de corais da Austrália, e se estende do litoral norte de Alagoas até o sul Pernambuco. A APA ( área de proteção ambiental) Costa dos Corais possui uma parte que fica em Maragogi, e é possível fazer mergulho com cilindro e observar a vida marinha abundante do local. A área de mergulho fica perto das piscinas naturais, mas numa área de seis metros de profundidade.
Eu fiz o mergulho com a Maragogi Mergulhos e sinceramente considero o melhor mergulho que fiz no Brasil. Entre todos que fiz até hoje, só fica atrás do mergulho em San Andrés. Esse dia foi uma surpresa, pois eu não esperava tanto, considero a melhor parte da viagem a Maragogi. O sol estava brilhando, tornando a cor da água um azul turquesa, e como o catamarã estava distante da multidão de turistas que visita as piscinas naturais, pudemos aproveitar o mar só para a gente...
Antes de embarcar tivemos uma aula na sede da empresa, onde o instrutor explicou brevemente sobre o funcionamento dos equipamentos e os comandos de mergulho embaixo da água. A viagem de catamarã até as piscinas naturais é curta e após colocar os equipamentos, entramos na água para nos ambientarmos com eles. Depois de prontos e equipados, descemos até encostar os pés no chão em uma área muito aberta, somente areia branca e não havia peixes ou corais. Eu mergulho uma vez ou outra no ano e sempre acontece algo errado no final. Comecei a ter uma aflição estar numa profundidade de seis metros, fiquei com medo da dor de ouvido por causa da pressão ( às vezes não consigo equalizar bem ) e de entrar água na máscara...o que sempre acaba acontecendo.
Nos outros mergulhos com cilindro que fiz no Brasil eu vi mais pedras e corais mortos do que peixes. Na costa dos corais eu vi cardumes gigantes de peixes, que pareciam hipnotizados e nem se importavam quando eu chegava perto para filmar. Cheguei perto de animais que nunca tinha ouvido falar como o caranguejo aranha e vi aquelas conchas gigantes com o molusco vivo dentro. Esses animais estão todos no vídeo abaixo, que termina com o peculiar linguado que bate com a cauda na areia e desaparece sem deixar rastros...
Mas nem tudo são flores...minha máscara começou a encher de água, fiz o procedimento que ensinaram para expulsar a água e piorou. Acabei voltando para a superfície, mas os lastros presos na cintura insistiam em me puxar para baixo. Nesta altura não lembrava mais onde apertava para inflar o colete e estava lutando para me manter na superfície ao mesmo tempo que gritava para alguém do barco vir me ajudar. Antes que alguém entrasse na água o instrutor subiu à superfície e inflou o colete para que eu pudesse boiar. Depois desse susto voltei para o barco, eu havia engolido água e não estava mais na vibe para descer novamente. Como eu disse, sempre acontece algo errado no final do mergulho...
Depois de todos voltarem ao barco tivemos um tempo para mergulhar ao redor do barco antes de partir. Apesar dos imprevistos, fechei o passeio pulando em alto mar na imensidão azul do mar de Maragogi só pra mim.
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